terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A HISTÓRIA DO RINCÃO DOS ALVES



Nesta vista: Capela São João Evangelista, logo abaixo Clube Esportivo Harmonia, Residencias e, mais próximo, Pranchada(travessia do Rio Jaguari) e Escola João Alves Machado.

AGRADECIMENTO

     Esta coletânea de contos e dados genealógicos é fruto de uma pesquisa que tem por detrás a mão amiga de inúmeros colaboradores. Por isso consigno aqui meu agradecimento a tantos quantos acreditaram nesta publicação, não se negando a dizer o que sabiam. Citar nome de parceiros desta jornada, que são tantos, haveria, certamente, omissão de alguns. Para evitar este ato involuntário, sintam-se reconhecidos todos os que contribuíram na sua elaboração. Começo agradecendo àqueles que ficaram horas respondendo as indagações do entrevistador até aqueles que, apenas, disseram a quem se deveria perguntar.


DEDICATÓRIA

     À minha família – esposa, filhos e netos, que sempre me passaram um clima de tranqüilidade e ânimo para pesquisar a matéria ora publicada. A Idalina Simmi de Oliveira, mais conhecida como Idalina Machado(In memorian), que, com sua memória privilegiada até seus 95 anos e morando 40 anos sob o mesmo teto da nossa família, relatou relevantes fatos históricos aqui gravados. Aos pequenos leitores que, na sua doçura e meiguice, se reencontram com as histórias e estórias contadas por seus pais e avós, fazendo planar sua imaginação. Aos meus netos, Emanuel, Giulia e Bruna, para que se estimulem não só a ler mais como também construir textos de sabedoria para promover o bem-estar entre as pessoas que os cercam.

INTRODUÇÃO       

      Desperta dúvida e curiosidade o motivo pelo qual alguém se propõe a passar para o papel atos e fatos de um povo ou de uma comunidade. Aos primeiros contatos, alguns já indagavam, meio receosos, qual o interesse dessa pesquisa para o entrevistador e também para os entrevistados. Outros, mais espirituosos, chegaram até imaginar a busca de uma maneira para vasculhar a vida de outrem. Para alguns, mesmo explicando com minúcias, não se conseguiria convencê-los de sua importância histórica, filosófica ou cultural. Mas a maioria dos entrevistados tem levado fé nesta obra, não só pela compreensão do seu objetivo, mas também pela amizade que havia com o entrevistador. Conhecia, sobretudo, os laços de família com o povo da região e nele punha fé e a certeza de um trabalho de interesse familiar, social e histórico. Entretanto, como forma de justificar as razões desse desafio, devemos nos convencer de que, se alguém vislumbra uma missão, mesmo difícil e, ao cabo da qual resulta satisfação para quem lê e para quem escreve, não executá-la seria reprimir suas potencialidades de ser útil. Seria o sonho a se tornar pesadelo; seria a eterna indagação do subconsciente: Por que não fiz isso antes ? Sabe-se que inúmeras histórias extraordinárias foram sepultadas junto com seus autores ... Passamos a lamentar porque não chegamos antes de sua partida definitiva. A ficha cai tarde demais e o tesouro cultura se esvái pelo ralo. Embora com prejuízo, vale a máxima: “antes tarde do que nunca”. A idéia nasceu e quem reconheceu a finalidade, apoiou. Isso dá ânimo e coragem a quem assume o encargo desse quilate e não se deixa esmorecer. Negar que alguém não se sinta orgulhoso em cumprir uma missão desse porte, é negar a si mesmo. Tem desgaste, sim, mas recompensa, também. Essa recompensa é o reconhecimento de quem avalia a importância e a grandiosidade de um instrumento de interação dessa natureza. Se disser que é também um instrumento de aproximação, deduz-se que seja ainda um instrumento de paz, de conhecimento, de admiração de seu próximo. Significa apreciá-lo mais ainda se conhecê-lo mais. Sabe-se, pois, que não se ama aquilo que não se conhece. Esta coletânea vai mostrar a constituição familial na forma de árvore genealógica, cuja apresentação dentada esclarece o grau de parentesco de cada família, de modo a se tornar um manual de cabeceira de quem dele tiver posse. Os contos, os causos, as estórias a as histórias vão mostrar ao caro leitor a índole dos “rinconenses”, seu modo de vida, seus mitos, seus conceitos de bem viver e a forma de escapar dos obstáculos naturais e os criados pelo próprio homem. Vão mostrar e descrever casos reais narrados de forma impessoal de modo a não constranger seus personagens ou protagonistas. Em se tratando de fatos reais, não vale a máxima: “Qualquer semelhança com atos e fatos aqui descritos, é mera coincidência” . Quem achava que o tempo iria sepultar algumas escorregadas nos bons costumes, enganou-se. Vão ficar sempre vivas na memória do seu povo para mostrar que, quem apanha, não esquece. Pode alguém não gostar de ler a verdadeira história por que discorda da forma como foi contada. Sabemos, cada um de nós tem uma versão sobre determinados fatos e um deles prevalece, confirmando que, onde há fumaça, há fogo. Talvez não seja do tamanho que se imaginava.
                                                                                               
Autor


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