terça-feira, 22 de março de 2011

GENEALOGIA - Geral

                                   Entendendo a formação das famílias

Entendendo a formação das famílias As famílias neste trabalho são designadas por sobrenome, seguindo uma ordem alfabética. Dentro de cada uma delas há, no seu início, um histórico relativo à origem, à atividade econômica e a alguns aspectos especiais do seu modo de vida. Segue, então, cada linha mostrando um registro completo do integrante familial, onde consta o código de seqüência, nome, ano (*nasc./+óbito, se for o caso), cônjuge, cidade onde vive ou viveu por último. A cada número significativo que se adiciona à direita do código de seqüência, a coluna avança 1 ponto(.) e um caracter para a direita, formando o chamado dente ou escalonamento, representando uma nova geração aninhada. Ex.: 1.2; 1.2.1; 1.2.1.1 Quando chegar a vez da família do cônjuge que agora está na direita, esta ficará à esquerda e seus descendentes não serão repetidos. Faz-se apenas a referência: “Ver Sobrenome tal, Codigo tal, por exemplo, Ver: Anese, 1.2.1. Ali estão os componentes dessa família. Observa-se que o sobrenome assim referenciado tem poucos componentes. Isto se deve ao fato de que nos primeiros sobrenomes foram lançados todos os membros dessa família. O cônjuge da família que fica na coluna da esquerda constitui-se a ida. Quando chegar a vez da família do outro cônjuge que estava na direita, vir para a esquerda, trocando posição, constitui-se a volta, cujos dependentes serão apenas referenciados com a expressão já mencionada: “Ver Atler: 1.1.2.5, por exemplo. Convém alertar que, por razões de ordem existencial, colocou-se o ano de nascimento/ falecimento aproximado, quando não se dispunha de datas corretas. Isto foi adotado para se ter uma idéia de tempo, vida ou da época do acontecimento dos fatos. Sabe-se que algumas pessoas não gostam de revelar sua idade, mas não se incomodem por isso. O ano aqui registrado admite uma grande margem de tolerância. Outros dados deixaram de constar no registro para que o mesmo coubesse numa só linha, economizando espaço na formação genealógica. Os temas aqui tratados dizem respeito aos habitantes do Rincão dos Alves ou que moraram neste lugar, todavia, por razões de relacionamento com pessoas ou famílias de outras localidades, seja por casamento ou atividade social, passaram a figurar nas listas dentadas e a participar também da história desse Distrito. Os nomes aqui anotados nem sempre coincidem com o verdadeiro registro em cartório. Muitos declarantes, no momento do cadastro, não usaram a regra geral da formação de nomes. Ou usaram só o último sobrenome do pai ou os dois sobrenomes do pai, omitindo qualquer sobrenome da mãe Outros colocaram só o sobrenome da mãe quando eram legalmente casados. Então, para identificar o grau de parentesco, foi usado no registro o pré-nome simples ou pré-composto, mais o último sobrenome da mãe e o último sobrenome do pai. O nome da mulher casada está anotado com o nome de solteira para identificar a família de sua mãe. O nome de registro em cartório é uma conseqüência do casamento.

                                                        Poema
                                                 (Julio Dantas)

 “Infelizes as famílias que não tem história. Não ter história é quase não ter nome; é quase não ter pátria. Felizes, ao contrário, as famílias que tem história, porque lhes é dado o júbilo de a recordar, porque ela constitui a fonte fecunda, inesgotável e profunda, de suas energias morais; porque a cada passo que dão sentem, atrás de si, o registro da própria imortalidade. Que é a vida, se não a história que começa ? Que é a história, se não a vida que continua ? A história de nossa família, de nossa gente, de nossa casa está conosco. Respira perto de nós. À sua presença todos adivinhamos. Ora bela, ora triste, é uma grande história “.                         (Poema “História e Família”, de Júlio Dantas)

 Alves I

Família oriunda da Serra, Pinheirinho, São Xavier e Rincão dos Alves, a qual se dedicava a trabalhos de prestação de mão de obra em lavouras diversas e plantação de arroz em áreas de terceiros.
       Obs: Convém ressaltar a existência de outros sobrenomes Alves sem qualquer relacionamento com a família de João Alves Machado que deu origem ao nome da localidade em foco. O tronco mais antigo localizado desta família é o do Sr. Lourenço Alves.
  Veja a genealogia:
 1. Lourenço Alves (1893), cc. Sirvana Silva(1902), R.Alves, Jaguari,RS
       1.1 Galdino S. Alves(1917),cc. Joana Walau,. R.A. Jaguari,RS
       1.2 Lídia Silva Alves(1919), cc. Ign..., R.A. Jaguari,RS
          1.2.1 Sem Filhos Lidia          
       1.3 João Silva Alves(1921),cc. Laura da Silva, R.Alves, Jaguari,RS
          1.3.1 Maria Silva Alves(1942) cc. André Chaves, R. Alves, Jaguari,RS
          1.3.2 Elvandir Alves Chaves(1963), cc. Ign, R. Alves, Jaguari,RS
              1.3.2.1 Nadir Alves Chaves(1965), cc. Ign, R. Alves, Jaguari,RS
              1.3.2.2 Mário Alves Chaves(1967), cc. Ign, R. Alves, Jaguari,RS
              1.3.2.3 Miguel Alves Chaves(1968), cc. Ign, R. Alves, Jaguari,RS
              1.3.2.4 Celi Alves Chaves(1970), cc. Ign, R. Alves, Jaguari,RS
         1.3.3 Pedro Alves da Silva(1949), cc. Virma Encarnação, R.Alves, Jag,RS
              1.3.3.1 Vitório Enc. Alves(1970), cc. Ign, R. Alves, Jaguari,RS
              1.3.3.2 Derli Enc. Alves (1972), cc. Ign, R. Alves, Jaguari,RS
              1.3.3.3 Ivo Encanação Alves(1974), cc. Ign, R.Alves, Jaguari,RS
              1.3.3.4 Marli Enc. Alves(1976), cc. Ign, R. Alves, Jaguari,RS
              1.3.3.5 Miguel Enc. Alves(1978), cc. Ign, R. Alves, Jaguari,RS
              1.3.3.6 Ivone Enc. Alves(1980), cc. Ign, R. Alves, Jaguari,RS
        1.3.4 Arlindo Alves da Silva(1948), cc. Teresa Chaves(Irmã André),R. Jag,RS              
              1.3.4.1 Geneci Alves Chaves(1969),cc. Ign, R. Alves, Jaguari,RS
              1.3.4.2 Cleci Alves Chaves(1971), cc. Ign, R. Alves, Jaguari,RS
              1.3.4.3 Neuseli Alves Chaves(1973), cc. Ign, R. Alves, Jaguari,RS
              1.3.4.4 Marli Alves Chaves(1975), cc. Ign, R. Alves, Jaguari,RS
         1.3.5 João Silva Alves(1950), Solteiro, R.Alves, Jag,RS
              1.3.5.1 Sem filhos joão
          1.3.6 Vitório Silva Alves(1951), Solteiro, R. Alves,Jag,RS(Faleceu afogado no Rio Jaguari)
           1.3.7 Derli Silva Alves(1953), Solt. (Assassinado no Rincão), Jaguari,R
             1.3.8 Edirce Silva Alves(1954), cc. Aristides ..., R. Alves, Jaguari,RS
           1.3.9 Teresinha Alves da Silva(1955), cc. Justino Chaves, R. Alves, Jag,RS

Foto 2010: Vinicius(Neto Teresinha), Teresinha e    Adão(Filho Teresinha)
 (Vinicius 1.3.9.1.1.) (Teresinha 1.3.9) (Adão 1.3.9.3

      1.3.9.1 Marisa Alves da Silva(1975), cc. Ign, R. Alves, Jag,RS
                 1.3.9.1.1 Vinicius Alves da Silva(1998), estudante, R.Alves, Jaguari,RS
              1.3.9.2 Eva Alves da Silva(1978), cc. Nilvair Atler, R. Alves, Jag.RS
                  1.3.9.2.1 Lucas Silva Atler(1996), estudante, R. Alves, Jag.RS
   1.3.9.3 Adão Alves da Silva(1979), Solteiro, R. Alves, Jag.RS
          1.3.9.4 Camila Alves da Silva(1989), cc. Rafael ..., R.Alves,    
   Jaguari,RS
    Alves II

 Familia Alves II prestadora de serviços de Mão de Obra no Rincão dos Alves, não tendo relação de parentesco com os Alves I nem com a família de João Alves Machado.
 1. Familia .... Alves(1920), cc. Julia Gabriel, R. A. Jaguari,RS
      1.1 Justino Gabriel Alves(1940), cc. Teresa Alves(sobr Julia Gabriel), Jag.RS
      1.2 Alfredo Romero Alves(1944), cc. Florentina ...., RA, Jaguari,Rs
          1.2.1 Justino Alves (1966), cc. Ign, RA, Jag. RS
          1.2.2 André Alves (1968), cc. Ign, RA, Jag. RS
          1.2.3 Teresa Alves (1970), cc. Ign, RA, Jag. RS
      1.3 Manoel Alves (1946), cc. Ana Rosa Santos(Lica), RA, Jag. RS (ver c/Paulo Caldas, + parentes) *****

Anese/Anesi

       Família de origem Italiana vinda da L.15. Morava na beira da estrada que vai a localidade de Pessegueiro – São Xavier. Dedicava-se à agricultura em pequena propriedade e criação de animais para produção de leite e corte.     Os descendentes foram adquirindo educação escolar e se transferindo para a zona urbana em busca de emprego, em razão da propriedade ser subdividida entre os vários herdeiros. (Pela Gênese da Colônia Jaguari, a família Anese é assim constituída).
 A1 Giovanni Anese(1869),cc. Anna ....... (1879), Jaguari,RS
     A1.1 Giuseppe Anese(1897) cc. Ign...., Jaguar,RS
     A1.2 Pietro Anese (1898), cc. Ign, .....Jaguari,RS
     A1.3 Gioachino Anese (1902), cc Ign…. Jaguari,RS
     A1.4 Maria Anese(1904), cc. Ign. ..... Jaguari,RS
Genealogia: (obs: No linguajar comum a família Anesi passou a chamar-se também de Ânes ou Anesi
1. Pais de Domingos Anese (1914), cc. Ign, , R. Alves, Jaguari,RS
    1.1 Domingos Atanazio Anesi(1935), cc. Luiza Roth(1936/2004),.RAlves, Jag,RS          1.1.1 Edegar Domingos Anesi(1955), cc. Lidia Moreira, R.Alves, Jaguari,RS                1.1.1.1 Paula Medianeira M. Anesi(1975),cc. Emerson Kraetzig, RA, Jag,RS
             1.1.1.2 Rogério Moreira Anesi (1978), solteiro, RA, Jaguari,RS
         1.1.2 Enio Antonio Anesi(1957), cc. Cristiani da Rosa, RA, Jaguari,RS
             1.1.2.1 Graziele da Rosa Anesi(1980), solteira,RA, Jaguari,RS
             1.1.2.2 Ana Luiza da Rosa Anesi(1982), Solteira, RA, Jaguari,RS
         1.1.3 Edemar José Anesi(1958), cc. Rosane de Lourdes Gampert,RA, Jaguari,RS
         1.1.4 Elizabete Moreira Anesi(1960), cc. Luiz Joâo Feliciano, R.A, Jaguari,RS              1.1.4.1 Andrieli Anesi Feliciano(1985), Solteira, RA, Jaguari,RS
             1.1.4.2 Andressa Anesi Feliciano(1988), Solt, RA, Jaguari,RS
         1.1.5 Elio Luiz Anesi (1962), Solteiro, R.A., ..Jaguari,RS
         1.1.6 Edemir João Anesi(1964), cc. Geni de Fátima dos Santos, RA, Jag.RS                1.1.6.1 Géssica dos Santos Anesi(1986), Solt, RA, Jaguari,RS
             1.1.6.2 Morgana dos Santos Anesi(1988), Solt. RA, Jaguari,RS
         1.1.7 Elvio Francisco Anesi(1966), cc. Rosane Almeida, RA, Jag. RS
             1.1.7.1 Miguel de Almeida Anesi(1988), Solt, RA, Jaguari,RS
             1.1.7.2 Nichele de Almeida Anesi(1990), Solt, RA, Jaguari,RS
         1.1.8 Flávia Maia Anesi(1968), cc. Selmar João Hoffart, RA, Jag. RS
             1.1.8.1 Edisson Anesi Hoffart(1990), solt, RA, Jaguari,RS
         1.1.9 Ana Eli Anesi(1970), cc. Ilson Gilmar Gampert, RA, Jaguari,RS
             1.1.9.1 Tainara Anesi Gampert(1995), solt, RA, Jag,RS
             1.1.9.2 Débora Anesi Gampert(1997), solt, RA, Jag,RS ****
 Atler

 Família de origem Austrica que habitou terras em Boca da Picada(L.20) e mais tarde, pelo matrimônio com moradores do R. Alves, parte da familia passou a viver neste lugar. Dedicava-se a agricultura, criação de gado e animais domésticos para produção de carne de uso próprio, com comercialização do excedente.
Genealogia;
1. Rodolfo Atler(1888/1968), cc. Ign, R. Alves, Jaguari,RS(1ª Nupcias)
    1.1 João Atler(1910), cc. Irene Schopf Ludwig, R. Alves, Jaguari,RS
         1.1.1 Artemio Ludwig Atler(Gordo)(1951), cc. Ign, Bca Picada, Jaguari,RS                1.1.2 Antomenio Ludwig Atler(Tonico)(1955), cc. Joana Minuzzi, R. Alves, Jaguari,RS
              1.1.2.1 Ricardo Minussi Atler(1989),R.Alves, Jaguari,RS
              1.1.2.2 Mauricio Minussi Atler(1991), R. Alves, Jaguari,RS
              1.1.2.3 Guilherme Minussi Atler(1993), R. Alves, Jaguari,RS
              1.1.2.4 Henrique Minussi Atler(2004), R. Alves, Jaguari,RS
          1.1.3 Sirenio Ludwig Atler(1957), cc. Edilce Catelan, R. Alves, Jaguari,R                     1.1.3.1 Juliano Catelan Atler(1995), R. Alves, Jaguari,Rs
              1.1.3.2 Gabriel Catelan Atler(1996), R. Alves, Jaguari,RS
          1.1.4 Maria Inês Ludwig Atler(1959), cc. Ign, R. Alves, Jaguari,Rs
          1,1,5 Neide Ludwig Atler(1961), cc. Marcos Ereno, R. Alves, Jaguari,RS                       1,1,5,1 Eduardo Atler Ereno(1994), R. Alves, Jaguari,Rs
              1.1.5.2 João Antonio Atler Ereno(1998), R. Alves, Jaguari,RS
      1.2 Pedro Atler(1912), cc. .......Turchetti, R. Alves, Jaguari,RS
          1.2.1 ...Turchetti Atler(Preta)(1937), cc. Francisco Piecha, R. Alves,Jaguari,Rs
          1.2.2 Mariazinha Atler(1975/2007)), cc. Ign, R. Alves, Jaguari,RS
                1.2.2.1 Aline Atler .....(1995), solteira, R. Alves, Jaguari,RS
      1.3 Alexandre Atler(1914), cc. Ign, L.17, Jaguari,RS
          1.3.1 Valdir Atler(1934), cc. Ign, L.17, Jaguari,RS
          1.3.2 Artemio Atler(1936), cc. Ign, L17, Jaguari,RS
          1.3.3 Neusa Atler (1938), cc. Ign, L17, Jaguari,RS
          1.3.4 Cleci Atler(1940), cc. Ign, L17, Jaguari,RS
          1.3.5 Neuseli Atler(1942), Ign, L.17, Jaguari,RS
      1.4 Antonio Atler(1918), …......Stangherlin,Jari,RS/Jaguari,RS
          1.4.1 Filhos Antonio
      1.5 José Atler(1920), cc. Beatriz ..................., Veado Branco, Jaguari,RS
          1.5.1 Niltair .... Atler(1940), Ign, R. Alves, Jaguari,RS
          1.5.2 Nilmar .... Atler(1945), cc. Ign, R. Alves, Jaguari,RS
          1.5.3 Niltane .... Atler(1947), cc. Ign, R. Alves, Jaguari,Rs
          1.5.4 Nil........ Atler(1949), cc. Ign, R. Alves, Jaguari,RS
          1.5.5 Nil ....... Atler(1951), cc. Ign, R. Alves, |Jaguari,RS
          1.5.6 Nil ....... Atler(1954), cc. Ign,. R. Alves, Jaguari,Rs
          1.6 Francisco Atler(1930), cc. Nair Ciochetta, R. Alves, Jaguari,RS
          1.7 Nair .Atler(1935),cc. Antomenio Schopf, R. Alves, Jaguari,RS
          1.8 Leopoldo Atler(1940/1998)), cc. Ign, R. Alves, Jaguari,RS
1. Rodolfo Atler(1910), cc. Adélia Krahe(2ª Núpcias)
      1.9 Miguel Atler(1930),cc. Erica ....., Faxinal do Solturno, RS ****

 Baccin

Família oriunda da L. 14, chegou ao R. Alves por volta de 1980. Atividade principal da família é produção de cachaça, melado e derivados da cana de açúcar. Plantio de fumo para secagem em estufa, bem como criação de animais de corte para consumo próprio, produção de embutidos e coloniais. Genealogia: Família Baccin vinda da Itália em 14/09/1888, conforme Gênese da Colônia Jaguari:
 A1 Giacinto Baccin(1841) cc. Catarina de Gothardi
    A1.1 Rosa Baccin(1875), cc. Ign, Jag, RS
    A1.2 Elizsabetta Baccin(1878), cc. Frederico Cassol, L.9 Jaguari,RS
    A1.3 Antonio Baccin(1881), cc. Adelaide Bolzan, L.14, Jag,RS
    A1.4 Olivo Baccin(1883), cc. Teresa Poletti, L.9, Jaguari,RS
    A1.5 Cândido Baccin(1886), cc. Virginia Baisi, Jaguari,RS
A2. Luigi Baccin(1867), solteiro, Jaguari,RS, chegou em 14/09/1888.
A3 Giuseppe Baccin(1852), cc. Anna Tonuzzi, Jaguari,RS
    A3.1 Maria Baccin(1880), cc. Angelo Tamiosso, Jaguari,RS
    A3.2 Angelo Baccin(1882), cc. Maria Tamiozzo, Jaguari,RS
1. Euclides Baccin (1918/1980), cc. Adelina Donini, R. Alves, Jaguari,RS
    1.1. Silvio Donini Baccin(1944), cc. Lourdes Tadielo, R. Alves, Jaguari,RS
         1.1.1 Luciele Tadielo Baccin(1993), cc Luciano Martins, São Vic. Sul,RS                        1.1.1.1 Emanuela Bacin Tadielo(2005), S. Vicente Sul,RS
               1.1.1.2 Natalia Bacin Tadielo(2009), S. Vicente Sul,RS
         1.1.2 Luciana Tadielo Baccin(1990), Solteira, R. Alves, Jaguari,RS
               1.1.2.1 Henrique Baccin(2005), R. Alves, Jaguari,RS
         1.1.3 Luana Tadielo Baccin(1992), R. Alves, Jaguari,Rs
     1.2 Maritê Donini Baccin(1946), cc. Darci Piecha, R. Alves, Jaguari,RS
         1.2.1. Ver filhos de Darci –“Piecha” 1.2”
     1.3 Cleodemar Donini Baccin(Neco)(1948), cc. Eliane Gampert(Iaiá), R.Alves, Jag. RS
         1.3.1 Leonardo Gampert Baccin(1992), (s), R. Alves, Jaguari,RS
         1.3.2 Laércio Gampert Baccin(1994), (S), R. Alves, Jaguari,RS
         1.3.3 Lucas Gampert Baccin(2002), (S), R. Alves, Jaguari,RS
         1.3.4 Clemer Gampert Baccin(2004), (S), R. Alves, Jaguari,RS
     1.4 Luiza Donini Baccin(1950), cc. Augusto Antonio Tadielo, R.Alves, Jag,RS              1.4.1 Simone Baccin Tadielo(1986), cc. Izolmar Donini, L.15, Jaguari,RS                        1.4.1.1 Caroline Tadielo Baccin(2002), L.15, Jaguari,RS
         1.4.2 Patricia Baccin Tadielo(1991), solteira, Sta Maria,RS
 2. Inocente/Vicente Baccin(1920/1990), cc. Ign, ..... Jag,RS
      2.1 Filhos Vicente(1944), cc. Ign, ... Jag,RS
3. Pais de M. Baccin (1944), cc. Ign.... Jag, RS
      3.1 Mercedes Baccin(1950), cc. Valdir Machado Kraetzig, RA, Jag,RS
            3.1.1 Filhos de Mercedes: Ver Machado: 1.3.7.3
4. Pais de Luiz Francisco Baccin(1920), cc . Ign, .... L15, Jaguari,RS
      4.1 Luiz Francisco Baccin(1944), cc. Judite Frasson Machado, R. A., Jaguari,RS ****

Boff

Família originária da L. 15, lado direito do Rio Jaguari. Veio ao R. Alves pelo casamento com a família Saggin. Veja a Genealogia:
Pela origem dos Boff em Genesis da Colonia de Jaguari:
A.1 Luiggi Boff(1833/ ) c Maria Bressan, Jaguari,RS
A.2 Constante Boff(1859/ ) cc. Catterina Brunelo, Jaguari,RS
      A.2.1 Luiggi Brunello Boff(1890/+1905), solteiro, Jaguari,RS
   1. Ângelo Boff(1918) cc. Luiza Saggin,(1ª Núpcias) Jaguari,RS
Foto:  Casal Angelo Boff e Luiza Saggin(1ª Nupcias)
                  Filhos: Margarida, Ermelinda,Cacilda, Irma, Cecilia e Alvino.
      1.1  Ermelinda  Boff(1938), cc. José Lixinski, R. Alves, Jaguari,RS
      1.2  Margarida Boff (1940), cc. Luiz Marian,(Irmão de Matilde), R. Alves, Jag. RS
      1.3  Cacilda Boff (1942), cc. Antonio Lixinski(Irmão de José), R. Alves, Jag. RS
      1.4  Alvino Boff (1943), Solteiro,( morreu de infecção, febre alta)  R. Alves, Jag. RS
      1.5  Cecilia Boff (1944), cc. Atílio Ciochetta, Rincão Alves, Jaguari,RS
      1.6  Irma  Boff (1946/1998), Solteira,  R. Alves, Jaguari,RS – Foi empregada dos Edder  São Borja,RS. Faleceu no Asilo de Jaguari,RS, em 2009.
          1.  Ângelo Boff (1918) cc.  Matilde Marian(2ª núpcias),R. Alves,  Jaguari,RS
1.7  Vilson Marian  Boff(1938), cc.  Ign, Val de Serra, RS(Único filho da 2ª núpcias)
1.8   Sueli Marian (1940), cc. Eugenio Schopf(Geninho), V. Serra,S. Maria,RS(Sueli  filha  da viúva Matilde casou-se com Geninho)
         1.8.1 Ver filhos de Eugenio: Schopf: 1.3.6 

XIX - SOLIDARIEDADE

XIX - SOLIDARIEDADE

Socorrendo o Vizinho


     Socorrendo o vizinho O trabalho na roça, no campo, em fim, na zona rural, cria um vínculo de solidariedade entre os moradores no sentido de um apoiar o outro na hora da necessidade. A predisposição de apoio e solidariedade se acentua mais em determinadas pessoas que já trazem de berço o instinto de fraternidade. É compreensível e já faz parte do ser humano concordar e discordar de alguns procedimentos envolvendo o relacionamento de compreensão recíproca entre moradores, vizinhos e arredores. De tanto observar a prática da solidariedade entre as famílias, se estabelece um hábito que se enraíza na comunidade e vai passando de pai para filho. Quantos exemplos de solidariedade se registra ao longo da história de Rincão dos Alves, não só na hora do mutirão(“Puxirão”) no plantio ou colheita de cereais ou na decisão de uma obra social de interesse público, mas principalmente na hora da doença, do infortúnio da perda de um membro da família ou outra circunstância similar ! Na hora da doença, quem não se lembra de Lauro Vargas, o homem dos remédios caseiros e de primeiros socorros ? Quem não se lembra de Mário Feliciani e seus filhos Lourença, João e Vitório que, na casa dos enfermos, lá estavam eles tomando conta da casa e ajudando seus amigos em dificuldade? Quem não se lembra da Clotilde, filha da Damiana e José, assumindo a casa de uma doente, manifestando sua solidariedade e serviço na hora difícil. Todos estes predicados engrandecem o ser humano e repassa aos filhos o orgulhos de pertencer a pais dessa grandeza de espírito. Lembramos de alguns, mas tantos outros exerceram o dom da bondade e da solidariedade, os quais levaram consigo o reconhecimento do seu povo, na certeza de ter deixado um legado de extraordinário valor sentimental. No fundo mesmo, todos querem ser felizes, não importa se andam de carroça ou de Roll Royce. Não importa onde moram, se no campo ou na cidade. A felicidade não tem morada fixa. As pessoas escolhem o lugar para morar onde acham que vão se encontrar com ela.

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XVIII - A NATUREZA E O CLIMA

XVIII - A NATUREZA E O CLIMA

A Incerteza do Tempo
 

Quem trabalha na terra e dela depende para retirar seu sustento e sobrevivência, deve ter uma amiga permanente chamada “sorte”. O Produtor Rural passa a vida inteira rezando para que o patrão lá de riba lhe conceda tempo bom para que tenha êxito no seu trabalho. Tenha boa produção de gado, porco gordo no chiqueiro, frango ou galinha no terreiro, ovelha e gado no campo e, principalmente produtos agrícolas. Rezar para que lavoura de soja, milho, hortaliças, arroz, fumo e outras culturas prosperem e lhe tragam razoável retorno financeiro.
O que é então tempo bom ? - Não é chuva volumosa nem torrencial que abarrota os rios e sai a campo fora levando tudo por diante, inclusive a camada fértil de terra naturalmente já adubada. Não é como o Rio Nilo, do Egito, que em suas cheias deixa na terra o gratuito húmus fertilizante – a dádiva do Nilo !
Aqui, quando ocorre enchente, a água arrasta tudo que está na sua direção, inclusive árvores e arbustos. Invade ainda os campos ameaçando arrastar o gado e interromper o transito nas estradas principais de acesso a certos lugares de passagem obrigatória. Nas áreas de encostas de morros, sem curva de nível, leva a terra fértil para lugares não aproveitáveis.
Tempo bom não é a estiagem prolongada nem seca causticante que esvazia o Rio Jaguari, as sangas, os lajeados, os açudes, com supressão das vertentes de água natural; nem aquele que deixa os animais e plantas em situação difícil de atingir um desenvolvimento saudável.
Tempo bom não é a geada intensa que inutiliza as hortaliças e outras culturas sensíveis ao frio intenso, nem a chuva fina e fria dos meses de julho e agosto que leva para a cova animais de pouca gordura sob a pele.
Tempo bom também não é a queda de granizo na lavoura nem o ataque de pragas de insetos devoradores como a lagarta do soja, o gafanhoto que vem em forma de nuvem e arrasa tudo que encontra; o pulgão do fumo, a lagarta do milho, o bicho do mato como o ouriço, a caturra, ave que ataca o milho ainda verde e tantos outros inimigos gratuitos que colhem o que não plantaram nem contribuíram para ajudar o produtor rural.
Tempo bom não são as rajadas de vento que envergam as culturas de grão prontos, dobrando as hastes do soja, do trigo, do arroz, os quais, em contato com o solo, brotam perdendo a qualidade ou se tornando difícil sua colheita.
O produtor rural vive um permanente risco de nada ou pouco colher que começa já no preparo do solo. Deve estar seco para entrar a máquina na época da aradura. A umidade deve ser suficiente para germinar a semente antes que os pássaros venham meter o bico e encher o papo.
No caso do arroz, tem que haver água em abundancia para sufocar o inço sem prejudicar o crescimento da planta. Noutras culturas a chuva continuada não permite a limpeza da lavoura mecanizada. Na época da colheita o solo tem que estar enxuto ou seco para as máquinas entrarem e operarem com eficiência. A lavoura deve ser colhida imediatamente tão logo fique madura, a fim de não correr o risco de ser levada pelas enchentes ou brotar no pé.
Conclui-se que uma boa colheita é um premio de loteria. É uma loteria esportiva do passado, com treze apostas ou mais, para ser contemplado como um prêmio. Poucos faziam 13 pontos para levar o prêmio máximo, isto é, a conversão em moeda ou poder de troca acima do valor esperado.
Quem pensa que o produto já na casa ou no galpão já havia acertado na loteria – engana-se. Ainda tem mais uma briga – a comercialização justa e garantida. Se todos os produtores da grande região fizessem boa colheita, o volume de oferta elevado jogava o preço lá para baixo. Era o momento de escolher a época certa para o faturamento do seu produto para quem podia esperar uma melhora no preço. Quem precisava resgatar títulos ou papagaios em banco, se sujeitava a vender a qualquer preço imediatamente. Se corria, o bicho pegava... Se parasse, o bicho comia ! Então, era melhor correr... Pernas... para que te quero !

                              
A abordagem anterior, relatando os riscos que cruzam os caminhos dos produtores rurais, não os faz mudar de atividade ou abandonar a vida do campo. Quem lá nasceu, viveu, cresceu, ficará sempre gostando do seu lugar de origem. Apesar do trabalho penoso, ao enfrentar inverno de demoradas geadas, chuvas frias ou verão causticante de queimar a pele, o produtor rural tem a flexibilidade de escolher o melhor horário para exercer sua atividade. No campo se leva uma vida simples, sem se preocupar muito com o visual. Na cidade, há exigência de uma melhor apresentação, por isso deve gastar mais no vestir para não se envergonhar ao ser confundido com desocupado, mesmo que tenha reservas econômicas e trabalho para a sua sobrevivência.
No campo há ar puro e segurança. As casas ficam de portas encostadas enquanto os donos vão ao trabalho da roça ou lavoura. Lá todos se conhecem e qualquer pessoa estranha ao lugar – logo é percebida e acompanhada em seus passos. Na cidade tem que ser tudo na base da chave e do cadeado e, mesmo assim, quando voltar do trabalho pode encontrar a casa arrombada e sem seus pertences conquistados com suor e dignidade.
Atualmente no campo existe o mesmo conforto da área urbana – eletrodomésticos de todos os tipos, veículos automotores de trabalho e de passeio e serviços de comunicação – telefone fixo e móvel.
Com a melhoria das estradas e a variedade de veículos automotores existentes no mercado, unidos à facilidade de adquiri-los, as distancias foram encurtadas no tempo, podendo, em situação de emergência, ficar próximo dos recursos em poucos minutos.
Quem trabalha no campo tem o privilégio de se aposentar, por idade, 5 anos a menos de quem trabalho na zona urbana. Por outro lado, houve um sensível aumento das pessoas aposentadas na zona rural, de modo que há uma garantia na saúde, educação e no vestir, uma vez que a alimentação vem da terra e está ao seu alcance – se a safra não falhar...
Sabemos que os governos das três esferas incentivam a fixação do homem ao campo, porque este não se preparou para trabalhar na cidade; a não ser seus filhos que buscam educação e lá encontram sua vocação para outra atividade. Porém, quem não estudou ou não quer estudar, e vai tentar trabalho na cidade, só vai encontrar sub-emprego, a não ser que acerte na loteria dos números ou do casamento. Outros trabalhadores, sem recursos financeiros, saem do interior para engordar o cinturão de flagelados em área de risco da zona urbana. Deixam a vida de Sargento no campo para viver como soldado raso na cidade.
Nada do que se está relatando tem regra fixa. Há os ajustes normais e naturais, distribuindo as pessoas de acordo com sua vocação para qualquer atividade humana. Costuma-se dizer:” Esta não é minha praia”, quer dizer, não se sente bem fazendo tal coisa. Outro dito popular: “ Ovelha não é para mato”, isto é, está trabalhando em lugar errado, não gosta do que está fazendo.
Há outro fator a ser levado em conta e que o força ao abandono do campo - é o tamanho da propriedade. Quando o chefe de família tem os filhos pequenos, a sua propriedade lhe dá sustentação. Quando os filhos casam, aí começa a encurtar a propriedade e alguém deve cair fora. Não há lugar para todos. Ficam no local quem tem vocação laboral e financeira para a terra.

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A Vida no Campo

XVII - MISCELÂNEA

Espanhol dos Pomares

  Logo após a revolução de 1930 aportou em Taquarichim o Sr. Francisco, de apelido “Espanhol”, casado com D. Adelaide, 4 filhos, vindo de país não identificado. Expressava-se em língua espanhola, daí o cognome espanhol. Era um expert em cultivo de pomares e hortaliças. No Rincão do Alves organizou vários pomares e instruiu muitos moradores na arte do cultivo de árvores frutíferas e hortaliças. O pomar da família de Marcírio foi o maior da região organizado e plantado por ele. A escolha de local, do solo, da adubação conferia à plantação qualidade de boa produtividade e durabilidade. Daí a razão da grande procura por seus serviços na região. Passados 80 anos ainda existia pé de macieira, laranjeira plantada por ele – Veja o exemplar à beira do açude, antiga morada de Antonio Machado de Oliveira, hoje propriedade da família Piecha.


Cerro Da Ovelha

  Quem chega ao Rincão dos Alves tem a sua direita um Cerro ou Morro que passou a denominar-se “Cerro da Ovelha”, tudo porque na medida em que se vai chegando à área mais povoada, nota-se contra o horizonte o formato de uma ovelha. Em torno desse Cerro tem surgido controvérsias sobre a existência de aparições como bola de fogo caindo sobre o centro. Por outro lado tem despertado o interesse de muitos caçadores de tesouro que lá comparecem equipados com detectores de metais na esperança de encontrar um enterro de libras esterlinas, moedas de ouro, cabedal de jóias e tantos outros requintes da imaginação dos seus pseudos exploradores. Em 1980, o Sr. Otacilio Marchioro, ferroviário, Agente de Estação de Santa Maria, para lá se deslocou levando equipamentos de última geração na busca de objetos metálicos enterrados. Escavou em diversos locais e nada achou e nada levou, a não ser picada de mosquito e chupão de morcego. A parte plana do cerro foi mutilada por escavações mudando seu visual. Quem passa pelo local percebe a remoção de pedras gigantes e solo revolvido.


Linguajar Chulo – ditados e ditos populares

  Registramos neste espaço alguns termos usados pelos moradores de Rincão dos Alves, de modo a simplificar a comunicação falada. Ao poucos vão perdendo seu uso, devido à invasão do rádio e da televisão nos lares rinconenses. Citamos alguns textos ou ditados e respectivos significados: Pra mode – De modo que, a fim de, para que... Não Diga ! – Interjeição de espanto ou contestação no modo de falar coloquial ou forma de espichar o” papo”(a conversa). Servindo de suquinho ou fazer de alguém um suquinho – É pegar no pé do indivíduo; não parar de encher ou torrar sua paciência. Se mandou a La cria – Foi embora do lugar sem perspectiva de retorno. Saiu para sempre... Chegou de mala e cuia ou foi embora de mala e cuia – Saiu do local ou foi embora de mudança, com todos seus pertences. É verdade ! É lógico ! Concordando com a opinião do outro. Tá louco ! Tá braba a coisa ! A coisa tá Preta ! - Admirando-se de algum fato que lhe surpreende. Deus me Livre, Nossa Mãe, Mãe do Céu, Minha Nossa, Virgem Maria ! – Quando quer se proteger de um mal que atinge uma pessoa conhecida ou amiga. Olho grosso, olho gordo – Diz-se de pessoa com influencia psicológica aguçada.Quando põe os olhos naquilo que deseja possuir e, se negado, ou morre ou se aniquila ou se quebra. Vista Grossa – Fazer que não enxerga. Passar ao largo sem dar atenção a alguma coisa ou pessoa. Ou ainda, não dar a devida importância propositalmente. Queimando lenha de taquara ou queimando taquara – Pessoa em dificuldade financeira. Quem Leva uma vida apertada no bolso. Inverno de muito couro – Muito animal morrendo de magro e de frio. Só se aproveita o couro. Turma do deixo disso – Apartadora de briga ou conselheiros ou apaziguadores de discórdias. Bochincho - Bagunça, perturbação, entrevero de arma branca, briga . Deus nos acuda – É o conhecido salve-se quem puder !. Fugir da raia – Isto é, quem se acovarda, abandona a luta, foge da briga ou do trabalho. Arranque de velho – Rapadura de amendoim, ou passoquinha ou pé- de-moleque. Manantial – Roça ou lavoura tomada de inço ou campo sujo de planta prejudicial à sua finalidade. Animal descontado – Animal com defeito físico que não se presta para alguma atividade. Rebolar a cola – Cavalo de corrida que cansa. Demonstração de cansaço. Chegou no seu limite de velocidade ou capacidade de corrida ou esgotamento físico. China – Mulher meretriz, profissional do sexo. Em outros lugares, china tem outra conotação, isto é, se atribui à moçoila, prenda, guria, moça direita. Pejorativo de mulher da vida é vagabunda, Quenga, galinha, prostituta. Vamos a luta ou ao sacrifício – Convite para uma refeição ou uma festa. Suco de outro ou suquinho ou virar suco – Pegar no pé de alguém, encher ao saco de Alguém. Papel de cachorro magro – Almoçar ou jantar na casa visitada e sair imediatamente. Veio buscar fogo – Vir às pressas e retornar sem muitas palavras.(Manter a chama acesa) Aprendiz de gaiteiro – Passa a noite dedilhando para tocar uma música na madrugada. Por analogia, arreto... Caúna – Erva mate de pouco sabor para o chimarrão. Topeira, matungo – Cavalo ou animal sem origem genética, baixa qualidade. Timba, Timbeira - local de difícil acesso, capoeiral, matagal, encosta de cerro. Tufuma – Uma marca antiga de cigarro que virou símbolo de produto popular e sinônimo de cigarro. Retovador – Cavalo inteiro que só excita a fêmea e não a cobre. Fez mal à moça - Significa engravidá-la e não assumir a paternidade. Pular a cerca, Riscar fora da caixa – Envolver-se em adultério, trair seu cônjuge. Quem menos corre, voa – Espertalhão, avião, ligeiro na oportunidade, oportunista Troteia ou sái da estrada – Alguém impedindo de fazer alguma coisa. Faz ou deixa os outros fazer. Quem não ajuda, não estorva !– Quando a presença de alguém atrapalha o serviço em andamento. Comer merenda antes do recreio – Relações íntimas antes do casamento. Pêsco não, vó, é pêssego ! – Netas corrigindo o português da vovó. Ó Louco(Faustão), Não diga ! – interjeição de espanto, de admiração, discordância. Linguajar do povo simples, caipira, matuto, jeca, interiorano, homem da roça, pouca cultura, dificuldade na articulação das palavras : -Trabaio, em lugar de trabalho; - Careta ou Caroça,em lugar de Carreta ou carroça–influencia da origem alemã ou italiana. - Véio(Velho), gentaia(Gentalha), truce(trouxe), oveia(Ovelha),sandaia(sandalha), nóis(nós) fumo,(fomos) nóis bamo(Nós vamos). Tratramento pessoal de relacionamento de família e amizade: - Compadre, Comadre - Quem batiza ou crisma o filho do parente ou amigo ou vizinho. - Seu (Senhor), Patrão, Patraozinho, vosmecê – Sinal de respeito aos mais velhos. -Senhora, Patroa, D.(Dona), Siá, Siazinha – Sinal de respeito ás senhoras de mais idade.


Disputa Por Um Nome

  Quem não se lembra do episódio na época da denominação do Clube social quando um grupo defendia uma homenagem ao patriarca João Alves Machado e outro, Sociedade Harmonia ? O primeiro grupo radicalizou: “Não sendo João Alves Machado, quem tiver meu sobrenome não colocará os pés nesse clube, enquanto eu viver !” Dito e feito...


Repassando a história

  Se alguém imaginar uma sociedade certinha onde todos respeitam as leis, cumprem totalmente suas obrigações individuais e não cometem falhas, este alguém é um sonhador, um utopista ou melhor dizendo, um perfeccionista frustrado. O ser humano nasce, cresce e se desenvolve no meio de conflitos que partem de todos os núcleos – familiar, social, partidário, em fim, onde está o homem o fenômeno da discórdia e do desajuste está presente. Tentar justificar a razão de certas posturas indesejáveis ou contrárias aos bons costumes, não quer dizer que se está fazendo apologia a certas atitudes rejeitadas pela sociedade, mas tentando ratificar que a comunidade de Rincão dos Alves não é diferentes de outras. Esta abertura tem a ver com os fatos a serem relatados na seqüência desta abordagem, envolvendo personagens que viveram ou vivem por lá. Em princípio cabe ressaltar a predominância dos bons costumes que reinou e reina na consciência de cada morador. Costumava-se dizer que, para a maioria, um fio de bigode constituía um documento ou um ato de respeito para com o outro. Era uma forma figurada de dizer que uma palavra valia mais que mil documentos oficiais. A exceção à regra, como sempre, é parte integrante deste contexto. Quantos casos de infidelidade aconteceram ? Quantas pessoas se prostituíram ou se corromperam – ou por necessidade ou por opção de vida profissional de sua livre escolha ? Mas foram punidas e corrigidas pela sociedade, ora rejeitando-as ora reintegrando-as. Quantas pessoas cometeram o suicídio levadas pela doença moderna chamada “depressão”, que pode ser de origem psíquica ou somática ou provocada por situações de negócios ou amor mal sucedidos. Todavia sempre ficou a lição, o ensinamento, o alerta, o tratamento. Quantas pessoas se deixaram envolver pela doença do ciúme doentio, levando-as a trágicos desfechos? Mas deve ter servido para corrigir atitudes e mudar conceitos de melhor convivência. Esta sociedade também testemunhou crime de filho ter atacado o pai em discussão de família, seguida de agressão fatal com arma branca. Porém, o trabalho da justiça mostrou que estas atitudes têm preço elevado e o cidadão tem que se dobrar às leis Quem não se lembra de um casamento desfeito e a noiva devolvida aos pais porque na noite de núpcia constatou que sua mulher não era virgem ? O acontecimento deixa seqüela, mas adverte que sempre haverão fatos não escritos no Gibi. Como se explica pessoa que abandona a família e deixa a casa por longos meses, sem dizer para onde vai, e ainda fazia isso repetidas vezes ? Pode não haver explicações convincentes, mas os palpites se cruzam e enriquecem o tema. Quem pode esquecer que na localidade, lá pelos idos de 1930, havia acirrada disputa entre chimangos e maragatos, culminando com a morte cruel dos inimigos de uma das facções ? O pior é que se exigia como prova da execução do trabalho - a cabeça da vítima - sob o compromisso de não enterrar o corpo unido à cabeça. No entanto, quem participou dessas atrocidades alega ter feito em nome de um ideal que na época tinha seu espaço. Quem pode esquecer o terror passado aos habitantes, principalmente as indefesas meninas e senhoras quando entravam na localidade os piquetes de cavaleiros, desrespeitando os princípios de propriedade e os direitos do ser humano ? A população foi ameaçada, prejudicada, mas o instinto de defesa local não deixou a safadeza reinar por muito tempo. Por outro lado, no Rincão dos Alves, povo acostumado a conviver com a boa fé, um trabalhador do campo foi enganado por um empresário da cidade que lhe emprestou dinheiro para investir na lavoura de arroz irrigado. No fim do contrato, ao tentar liquidar o empréstimo, constatou que as notas promissórias haviam sido adulteradas com o acréscimo de um “zero” à direita do valor a ser pago, tornando a dívida exorbitante e impagável, comprometendo o patrimônio do avalista. Resultado final, mesmo pagando a dívida: suicídio do casal tomador do empréstimo, porque a justiça deu ganho de causa ao astuto corrupto. Os mais antigos ainda lembram do rigoroso controle dos pares em salão de baile quando se expulsava da festa quem se atrevesse a lustrar a fivela do cinto na barriga da prenda ! E ainda, terminada a música, ninguém podia permanecer, “de par”, no salão, devendo liberar a dama para se recolher ao toalete. Houve um tempo em que não havia liberdade do cidadão manifestar publicamente sua preferência partidária porque seria perseguido pela facção adversária. Quem detinha o poder obrigava o adversário a esconder sua identidade como lenço vermelho - maragato, usado muitas vezes não como preferência partidária, mas como complemento da indumentária gaúcha.


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XVI - BENFEITORIAS NO RINCÃO

Traçado e melhoria das Estradas

  O traçado das estradas, sua melhoria, conservação – sempre ficavam aos cuidados de um encarregado da prefeitura, mediante o pagamento de alguns réis ou cruzeiros . Não existia empedramento antes do aparecimentos dos tratores, patrolas, motoniveladoras, torna-pull, caçambas, por isso havia atoleiro de carretas e carroças que sulcavam as estradas mal traçadas. No inverno e em dias chuvosos o trânsito se tornava um martírio para os carreteiros, principalmente quando o eixo de sua carreta arrastava no barro. No tempo das carreteadas as estradas não dispunham de uma camada de pedra mole para consolidação do solo. Havia intenso atoleiro, permitindo passagem apenas de carros de tração animal. Havia sulcos profundos no solo que impedia o transito de qualquer veículo automotor, principalmente os de categoria leve. Alguns caminhões arriscavam a transitar, mas deviam usar correntes nas rodas tanto em rodado simples quanto no duplo. Mais tarde as estradas passaram a receber beneficiamento por moto-niveladora e rolo compressor, tendo ainda uma assistência de funcionários municipais que se encarregavam de completar o desvio das águas para fora do leito da estrada. Primava-se pela qualidade do serviço prestado...

Eletrificação Rural

  A localidade recebeu eletrificação rural a partir de 1987, permitindo a utilização de eletrodomésticos, antenas parabólicas para melhoramento da qualidade da imagem de TV e demais equipamentos movidos a energia elétrica. Houve, portanto, mais aproximação com outras culturas mais avançadas e facilmente assimiladas por seu povo. As notícias mais atualizadas passaram a invadir seus lares e mudar alguns conceitos, pré-conceitos e hábitos.


Água Tratada

  A partir de 1994 o Rincão passou a utilizar água potável canalizada, extraída de poço artesiano e distribuída a mais de 20 moradores próximos da caixa d’água situada junto a Igreja São João Evangelista. Antes da instalação o suprimento de água era feito por poço de balde, cacimba, fontes de vertente, por mangueira a longa distancia.


Travessia do Rio Jaguari - Pranchada

  Em 2008, ainda no governo municipal do Prefeito Ivo José Patias, foi construída uma pranchada sobre o Rio Jaguari onde havia o Passo – lugar de água rasa e de passagem no vau . É de concreto armado apoiada em pilares de modo a cortar a lâmina de água nas cheias do Rio. Isto permite a travessia quando a água estiver abaixo dessa pranchada, oferecendo segurança e rapidez aos moradores que precisam se deslocar entre as comunidades das suas margens. Para que a obra saísse da promessa de campanha política, a população de Rincão dos Alves teve que trabalhar junto com o poder público municipal. Cada morador deu sua contribuição em mão de obra e material, sob a orientação técnica da Prefeitura Municipal de Jaguari. Por isso sua inauguração constituiu-se num ato de elevada repercussão nas comunidades beneficiadas e, acima de tudo, coroada de êxito com direito a churrasco e discurso.



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XV - DESVIO DE CONDUTA

Tô nem aí

  O sentido desta frase, tirada de uma música de sucesso em nossa discografia, significa a despreocupação com que os outros estão falando, mesmo que seja do próprio indivíduo. Há pessoas que praticam atos desabonadores aos bons costumes sem dar muita importância aos efeitos maléficos causados a outrem ou à sociedade em que vivem. As pessoas de boa índole, quando escolhidas para representá-las em qualquer atividade pública ou particular, procuram se empenhar ao máximo para corresponder à confiança de quem as indicou. Porém, há indivíduos que “não estão nem aí” com a honestidade, com a ética e, ainda, confundem desrespeito, corrupção e outros adjetivos com esperteza, situação em que jamais deveriam ser indicados para cargos de confiança ou eletivos. Todo este preâmbulo surge de fato acontecido numa das diretorias do Esporte Clube Harmonia onde um de seus dirigentes, usando de má fé, negava a verdade a seus membros de diretoria, fazendo desaparecer valores que não lhes pertenciam. Decepcionou a sociedade que lhe havia dado respaldo para bem representá-la em todos os atos e fatos de seu relacionamento social, comercial e administrativo. Uma sociedade marcada pela dedicação, esmero e honestidade de seus dirigentes durante quase meio século de repente se vê maculada pela suposta esperteza de administrador que se locupletava agindo deslealmente com seus membros de diretoria e com a sociedade sob sua batuta ou direção. O conselho da Sociedade se reuniu e decidiu aplicar a punição prevista no Estatuto Social, porém sem recuperação dos prejuízos causados nem justificativa de seus atos. Tal decisão foi registrada no Livro de Atas da Sociedade, que, misteriosamente, veio, mais tarde, a desaparecer da secretaria da entidade, sepultando parte da história gloriosa do Clube Harmonia do Rincão dos Alves. O mais intrigante desse acontecimento é a convicção com que nega seus feitos sem ficar “vermelho” ou demonstrar arrependimento. É o verdadeiro “cara de pau” que nem cupim ataca. Há quem diga que postura dessa natureza faz as pessoas se isolarem ou perderem os amigos. Pode isso não se confirmar, mesmo morando em lugar onde o contato diário é inevitável, pois fora da sociedade é uma pessoa participativa no seu grupo, cooperadora, solícita, amiga de todos sem se importar com o que falam. Por isso não está nem aí, mas fica o protesto da sociedade que não comunga com atitudes dessa natureza.(Matéria postada pelo Conselho Deliberativo da Entidade que registrou em Ata os detalhes do fato)

Blefe Do Empréstimo

  Em 1933 o Sr. Laudelino Machado, casado com Josefina Zuchetto, tomou um empréstimo financeiro pessoal de um comerciante da cidade de Jaguari para incrementar a lavoura de arroz irrigado que construiu às margens do Rio Jaguari. Precisava de capital para adquirir equipamentos como locomóvel, acessórios, trator e implementos agrícolas e também insumos. Como não dispunha de bens para dar em garantia ao financiamento, seu pai João Alves Machado concordou em ser avalista do financiamento do filho, onerando certa extensão de terra de campo e várzea. Durante a cerimônia de entrega do numerário houve festa e muito vinho e cerveja para celebrar o grande negócio. Os juros do financiamento, previamente calculados, já estavam embutidos na seqüencia de Notas Promissórias, as quais deveriam ser assinadas pelo tomador e pelo avalista. Dizem que houve um descuido proposital no preenchimento e as N.P. foram acrescidas de um Zero sem que se pudesse vislumbrar numa rápida olhada. Os sacados, já meio no vinho, apenas pediram que indicassem onde deveriam assinar. Assim foi feito. Quando chegou a época do resgate, o valor que se esperava não era o tratado verbalmente. Gerou-se então um mal estar, aborrecimento entre pai e filho, de modo que, mesmo indo bem na colheita do arroz, não foi impossível quitar o empréstimo contraído. Obrigou João Alves Machado a se desfazer de longa extensão de terra para pagar a dívida do filho. Não houve acordo direto nem via judicial. Os papéis retratavam a lisura do negócio, sem que houvesse a possibilidade de enquadramento em crime de adulteração de documento ou rasura. Tal incidente comercial gerou desconforto na família que entrou em profunda depressão, resultando no suicídio de Laudelino que, em conseqüência, mais tarde levou também sua esposa a ingerir veneno para dar fim a sua vida. Um casal perde o controle emocional por causa de um negócio mal sucedido. Veja como aconteceu o suicídio de Josefina em 25/03/1944:”A família havia programado rezar um terço no Cemitério da Estância pelo transcurso de um ano de falecimento de Laudelino. Josefina disse não se sentir bem e pediu a sua filha Maria, já casada com Argemiro, que a representasse naquela ato. Quando Maria retornou, encontrou a mãe morta”

Convivência Atípica

  João Antonio Machado de Oliveira(1989/1960), cc. Rosa Maria(Rosinha), R. Alves, Jaguari,RS, não tiveram filhos biológicos, mas adotaram uma menina de nome Rita(Ritoca) e outra denominada Preta. Quando atingiu a idade adulta, João manteve um relacionamento amoroso com a primeira filha adotiva e montou um lar um pouco distante de sua moradia sem conhecimento do seu pai - João Alves Machado. João Antonio teve com ela vários filhos, sempre na clandestinidade. Seu pai sempre dizia que seus filhos tinham liberdade de contar qualquer história de família, relacionamento ou convivência para que pudesse ajudá-los como fazia com os demais. João Antonio procurava negar a realidade de sua convivência extra-conjugal, principalmente com sua filha adotiva. Num certo dia João Antonio preparou-se para participar de um “Comércio de Carreiras” em São Pedro do Sul e foi até Taquarichim tomar o trem para aquela cidade. Antes da partida do trem conversava com amigos na plataforma e foi embarcar quando o trem já estava em movimento. Ao pisar no degrau de entrada da composição, errou o estribo e caiu entre a plataforma e o trem, de modo que saiu rolando na lateral da estação. Socorrido por amigo da família, Nativo de Oliveira, o abrigou em sua casa. Aparentemente sem ferimento, pediu que lhe trouxesse um copo de água. Dizia que não sentia dor e que estava bem. Tomou a água e logo faleceu. Houve hemorragia interna, daí o falecimento imediato. João Alves disse não reconhecer os netos nascidos da companheira de João Antonio porque nunca revelou seu segredo para o pai... Certamente, alguma ajuda lhe foi passada... A outra filha adotiva, a Preta, passou a cuidar de Dona Rosinha, mulher legítima, ora viúva, até o final de sua existência. Mais tarde casou e foi morar em Porto Alegre, constituindo uma linda família. ************

Quem Riscou Fora da Caixa ?

  Quantos homens riscaram foram da caixa e engravidaram suas parceiras sem reconhecer paternidade ? Nem por isso o fruto desse amor proibido mudou o conceito de boa reputação e honestidade de seu povo ! Estas ocorrências são fatos naturais que queimam algumas regras de bons costumes, mas os protagonistas não tem reclamado do ato que praticaram. Significa que houve o consentimento de ambos, bem diferente de um forçar a prática sem estar de acordo – o estupro. Não se tem conhecimento de abuso nesse relacionamento, comprovando que a repressão maior fica fora dos parceiros protagonistas.

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XIV - JUVENTUDE DOS ANOS 60

                              Encontro da Juventude dos anos 60

 

  Este foi o tema da festa do Reencontro da Juventude dos anos 60 ocorrido em 01 de fevereiro de 1998 no Clube Esportivo Harmonia de Rincão dos Alves. O evento foi organizado por um grupo de senhoras da localidade coordenada pela Sra Delma de Oliveira Caldas, Dalila Feliciani Chaves(Dida), Daici Feliciani Chaves(Daia) e Lourença Feliciani Chaves(Loura), com apoio de toda a equipe onde cada uma cumpria uma tarefa. Segunda Delma, tudo começou com uma brincadeira de desafio, de modo que a idéia foi amadurecendo e se tornou realidade. A principio não se levava muita fé em trazer pessoas que já estavam morando fora do Rincão dos Alves há muito tempo. Mas os convidados acreditaram na iniciativa e compareceram em grande número. Havia representação de Cel Bicaco, Nonoai, São Luiz Gonzaga, São Vicente do Sul, Santa Maria, Porto Alegre, Santiago, São Borja e de muitas outras cidades. A frente do Clube ficou tomada de veículos e pessoal que a todo instante chegava, constituindo um palco de grandes emoções e lembranças. Muitos permaneciam abraçados por longos instantes curtindo a alegria do reencontro e alívio da saudade. A saudação aos visitantes coube ao Diretor Social do Clube – Valdir Machado Kraetzig que, após dar as boas vindas aos convidados, recitou uma poesia gauchesca de Caetano Braum – “Tio Anastácio”, arrancando aplausos do presentes. Na sequencia Álvaro Feliciani, músico e radialista, também rinconense, saudou a todos com mensagem de boas vindas e passou a palavra do presidente do Clube – Silvio Baccin que, após sua saudação, anunciou o inicio da tarde dançante. O almoço esteve farto e apetitoso, primando pela variedade de carnes e acompanhantes, não faltando a saborosa sobremesa elaborada com muito esmero pelas anfitriãs. Durante o encontro foram colhidas impressões e opiniões sobre o evento, ocasião em que se percebeu a unanimidade dos entrevistados sobre o sucesso da festa. O resultado foi tão acolhedor que despertou o interesse em reprisar o encontro após um período regular de, no mínimo, 5 anos. Já ocorreram mais de 12 anos, e neste ínterim, houve muita mudança e muita água rolada debaixo da ponte, digo, debaixo da “Pranchada”, por isso não se cumpriu o que D. Delma e Loura disseram na entrevista gravada pela câmera do Bressan. Vejam as fotos a seguir, extraída indiretamente da câmera de filmagem e fotografada na TV


Entrevista concedida pela Alvenir Sfreddo – 1ª Professora com curso Normal Regional a lecionar no Rincão dos Alves(01/01/1998), Alvaro Feliciani, Valdir M. Kraetzig e Olivio Oliveira e José Oliveira de Oliveira.
        Entrevista de Valdir Kraetzig, Olivio Oliveira e José Oliveira de Oliveira
                         Ex-Presidente do Clube Harmonia presentes ao evento:
1a fila: Vilson Schopf, Teodoro Schopf, Nilson Schopf, Domingos Anesi, João Reiter(Reuter)

2a fila: Elio Snovareski, entrevista com Alvaro, José Oliveira e Repete entrevista com Álvaro.

                        Organizadoras do Evento - Juventude dos anos 60 .
Daici(Daia, in memorian),     Delma  Caldas       Dalila(Dida)      Lourença(Lora)
Entrevistados  Silvio Baccin(Atual Presidente do Clube Harmonia), Edegar Schopf(Diretoria), Wilson Schopf e Zeferino Machado(Neno), Olindo Machado de Oliveira(Olinto).

Tarde dançante - Fandango
Hora do embalo ao som da música crioula sob o comando de Álvaro
        Feliciani e banda.


Veja a hora da filmagem – 18h,05min e ainda havia gente proseando ao redor do Clube
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                               Fotos antigas - Juventude da época

 
Juventude dos anos 60(acima)  
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Juventude dos anos 40(abaixo)

1. Menina, 2. Lucidia, 3. Laídes, 4. Nery, 5. Alzira, 6. Adelina Donaduce, 7.Rita, 8. Almerinda(Fta), 9. Emilia(Fia), 10. Almerinda Flores, 11. Jacy Oliveira.
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Juventude dos anos 30 

Foto: 1940. 1. Geni(15), 2. Filha Fausto Garcia(Mãe Gisela)(18), 3.Alzira(25), 4. Amábile Antochewiski(22), 5. Idalina(25), 6. Lucidia(22).  

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Juventude dos anos 30

segunda-feira, 21 de março de 2011

XIII - ATOS HERÓICOS E AVENTURAS

                                         Heroismo de uma mãe

  Na grande enchente do Rio Jaguari, em 1941, uma família com 3 (três) filhos, moradora nas margens deste Rio, foi surpreendida com a subida rápida do seu nível. Dona Cecília Marques, de apelido Porfíria, depois de ilhada, só teve tempo de pegar seus três filhos: Valdemar(7), coruja(5) e o pequeno (3) e subir numa árvore – um velho Alecrim e ali ficou durante três dias, sendo ameaçada de ser levada pela correnteza. Os vizinhos e parentes tentavam chegar de canoa ao local e desistiam de chegar ali devido a fúria das águas. Contam os expectadores que não conseguiam entender como essa mãe mantinha as crianças alertas e presas à árvore para não serem levadas pela correnteza. Os galhos do alecrim se curvavam a todo instante ameaçando arrastar os pendurados. A angústia daqueles que assistiam à iminente tragédia parecia ser da mesma intensidade daquela vivida pela mãe e seus filhos. Outro questionamento que intriga a qualquer pessoa se refere a fonte de energia para suportar tanto tempo sem cochilar, sabendo que qualquer descuido era fatal para aquela família! Em fim, as águas baixaram e os flagelados foram resgatados com vida. Foi uma vitória inexplicável! Um fato real que teve um final feliz! Por ironia do destino, o marido de dona Porfíria, que havia ficado fora daquela agressão da natureza, mais tarde, em 1984 foi tomado de surpresa na casa onde morava e morreu afogado, sozinho, no teto de sua casa. Dali não pôde sair a tempo de fugir da invasão das águas.

                                     Exemplo de Superação


  Há um dito popular ou ditado que diz: “Só damos o devido valor ao que nos pertence quando os perdemos” ou ainda: “Eu era feliz e não sabia”. Quantas vezes negligenciamos o cuidado com nossos pés e pernas, mãos e braços!. Arriscamos imprudentemente nossos órgãos de ação e locomoção como se fosse fácil substituí-los. Quem opera máquinas e equipamentos deve conhecê-los e tratá-los com maestria para não sofrer as conseqüências do seu mau uso. Deve o operador perceber que uma falha sua pode causar irreparáveis danos. Foi o que aconteceu com o Sr. João Antonio Rosa, quando tinha 16 anos de idade perdeu o braço esquerdo na correia do Engenho de Serra em que trabalhava. Houve tentativa de reimplante pelo Dr. Edú Marchiori da Silveira, porém os procedimentos médicos e as condições do acidente não contribuíram para o sucesso da operação. Ficou definitivamente sem o braço, mas isso não o impediu de ser um trabalhador produtivo e procurado pela maioria dos empregadores rurais. Trabalhava em igualdade de condições com outros parceiros e nunca se queixava de sua deficiência física. Ao contrário de muitos que, na falta de um dedo ou de uma mão, se jogam nas cordas alegando incapacidade para o trabalho. O Sr. João Antonio buscou alternativa, transferindo energia para outros membros atuantes, de modo que nunca rejeitou serviço, apesar da ausência do braço. Tornou-se uma pessoa estimada e exemplo de superação, além de ser um exemplar chefe de família. Veja a genealogia: Rosa II, página 78.(Fonte: Valdir Machado Kraetzig).



Marcírio e suas Aventuras
 

  Marcírio Machado de Oliveira nasceu em 06/06/1880 na localidade de Rincão dos Alves, 4º Distrito de Jaguari, filho de João Alves Machado e Marcolina Campos de Oliveira, o 4º filho de uma prole de 13 irmãos. Foi alfabetizado por pessoas contratadas na localidade e desde logo manifestou sua predestinação em buscar conhecimentos através da leitura de folhetos, jornais, revistas e livros. Nos bancos escolares não passou do equivalente ao 1º grau de hoje em razão da necessidade de ajudar a família nos afazeres da lavoura, criação de gado e extração de madeira. Lá por volta de 1907 contraiu matrimônio com Verginia Simmi, imigrante italiana, com quem teve 10 (Dez) filhos: Adelia, Idalina(Dilina), Olindo(Olinto), Pedro, João(Joanete), Antonio, Geni(Genita), Zeferino(Neno), Nair e Ireno(o Caçula). Alguns anos depois de casado, se estabeleceu com comércio de Secos e Molhados na Casa onde morou por longos anos seu filho Olindo.(Hoje lá moram a viúva de Olindo – Pina e o filho José de Oliveira com sua família). Ali comercializava produtos diversificados visando a atender as necessidades da população. Sua venda era abastecida por produtos vindo de fora como Cacequi, Rosário do Sul, São Gabriel, Livramento e Jaguari, trazidos por carreteiros que saíam do Rincão dos Alves levando madeira bruta ou beneficiada em forma de apetrechos de carreteiros, derivados do leite e carne(charque e embutidos). Os negócios iam bem, porém alguns percalços de família e a própria rotina do comércio mexeram com seu procedimento de vida. Deixou o Bolichão de Campanha por conta dos filhos e família e passou a viajar por este Rio Grande a fora. Saía sem dizer para aonde ia. Chegava a ficar 4 a 6 meses fora de casa sem saber aonde se encontrava. Quando retornava, cheio de saudade da família, sem dinheiro, só com a roupa do corpo, relatava sua viagem, locais onde parava, o que fazia e como vivia. A cidade de Porto Alegre era seu lugar preferido para ficar. Se encostava numa empresa e ali prestava serviços de Ofice Boy, servia cafezinho, serviços de cozinha. Nas horas de folga lia os jornais e se informava de todo movimento político da época e debatia assuntos da conjuntura nacional pois vivia no mundo da informação. Depois de algum tempo na sede, não resistia o ímpeto de voltar para aquela vida urbana de Porto Alegre. Procurava juntar alguma grana e de repente, sorrateiramente se evadia, sem dizer para onde. Assim ia levando a vida, de modo que os negócios já estavam por conta da Dona Virginia e Filhos. Em uma dessa saída do Rincão do Alves, pediu emprestado o cavalo do filho Olindo para ir a Taquarichim sem dizer que ia tomar o trem para Porto Alegre. Deixou o cavalo com a rédea atada em uma árvore e ali amanheceu, despertando a curiosidade dos moradores de quem era aquele animal. Descobriram mais tarde tratar-se de cavalgadura dos Machado do Rincão dos Alves. Avisados, foram buscar o animal que já passava sede e fome. Noutra saída, os filhos fizeram a colheita e entregaram os produtos nos armazéns de Atilio Sesti em Jaguari, porém, os louros dessa safra foram colhidos pelo Seu Marcírio que reembolsou a grana e saiu por aí. Ficou mais uma temporada fora até que terminasse o dindim. Em 1939, retornou de uma de suas viagens e encontrou sua esposa muito doente, vítima de um câncer no útero, quando então passou a cuidar dela até sua morte que ocorreu três meses depois de sua chegada. Em seguida ao seu falecimento passou a viajar novamente sem dizer para onde ia. Quando chegou a data marcada para sua filha Nair contrair matrimônio com Mário Flores de Oliveira, havia necessidade de autorização do pai, devido à menoridade da noiva. Seu Marcírio estava em lugar incerto e não sabido. Sua localização foi orientada por pessoas conhecidas dele na cidade de Jaguari que se fizesse uma procura por jornal da capital - O tradicional “Correio do Povo”. Alguns dias depois Sr. Marcírio, tomando conhecimento do anúncio, mandou uma autorização de Curitiba-PR, de modo que a filha pôde casar, porém, sem a presença do pai. Depois de 65 anos de idade, foi perdendo a vontade de viajar, em vista do peso dos anos e passou a viver numa chácara ao pé o Obelisco de Jaguari, próximo ao Passo do Tigre. Ali morou com sua filha Idalina, costureira de profissão, mais sua neta Neusa, filha de Antonio, com 3 anos de idade. Ali tinha vaca leiteira, horta e um lindo pomar. Tornou um ponto de recepção das famílias que vinham do Rincão dos Alves fazer compra ou consulta médica na cidade e se alojavam e se hospedavam, porém, muitos traziam produtos da colônia para ajudar na alimentação. O local, fértil na agricultura, porém minado de sócios indesejáveis: Gambá, Ouriço, cobras venenosas, lobo do mato, bugios, etc. Em noites quentes, era comum o transito das víboras pelo terreiro do Seu Marcirio e Dona Idalina, mas ninguém foi atacado por estes estranhos moradores. Apenas insistiam em dividir a colheita de banana, uva, etc. sem que tenham contribuído para sua produção. Esta espécie continua explorando os colonos até os nossos dias, todavia surgiram outras categorias mais danosas no mundo dos racionais. Por volta de 1950, seu filho Antonio comprou uma casa geminada na esquina da Av. 7 de Setembro e Rua do Bonato, para onde o trio se mudou, de mala e cuia, deixando a velha morada meio abandonada, ainda sob o olho do dono e de um guri, engordando a vaca para gerar leite. Marcírio era um relações públicas e tinha transito livre com as autoridades locais, principalmente com o juizado de menores, onde conseguia meninos infratores para cuidar das vacas leiteiras. Em contra partida dava alojamento, alimentação e mantinha matricula na escola. Já mais velho, cabelo grisalho, pernas meio cambaleando, passava de vizinho em vizinho contando histórias e estórias, relatando fatos de suas leituras e conhecimentos políticos numa forma de passar o tempo e cultura aos que gostavam de sua prosa. Seu estilo de homem simples, coração aberto, pele escurecida pelo tempo, mas parecia um descendente afro, com feições de homem branco. Com esta descrição fazia lembrar a figura descrita em versos por Jaime Caetano Braum, um dos maiores pajadores gaúchos, na poesia “Tio Anastácio”. Eis o texto: “Ficou sendo um destes índios Que se encontram nos galpões Ao derredor dos fogões Fala aos moços com paciência Do que aprendeu na existência Ao longo dos corredores Alegrias, Dissabores Curtidos pela experiência”. Gostava de contar estórias e história a sua neta Neusa, a quem chamava Nelza, bem como recitar versos de obras famosas de Castro Alves e Cassimiro de Abreu, principalmente, Meus 8 Anos: “ Ai que saudade que tenho; Da aurora de minha vida; De minha infância querida; Que os anos não trazem mais; Que amor, que sonhos, que flores; Daquelas tardes fagueiras; à sombra das bananeiras; Debaixo dos laranjais”; De tantos contos e histórias, a ouvinte, às vezes, adormecia feliz pela caricia de suas palavras invadirem seus ouvidos de forma maviosa e instrutiva. Nas suas rodas de chimarrão com os visitantes e conterrâneos se desenrolava num tom de saudade e boas recordações, sem tocar em discórdias que por ventura tenham acontecido no passado. Assim era Marcirio – o homem das viagens inesperadas. Chegou aos seus 82 anos, junto com uma enfermidade que alterou o processo metabólico/intestinal. Os medicamentos não controlaram sua doença. O seu enfraquecimento acentuado levou ao óbito em pouco tempo, partindo para outros planos em 23 de julho de 1963, depois de retornar ao seu Rincão dos Alves para onde pediu que fosse levado na esperança de encontrar a cura. O tempo transcorreu e Marcírio contou muitas histórias e estórias, porém não revelou os motivos dos seus freqüentes e prolongados afastamentos da família sem dizer o rumo que tomava. Supõe-se que essa atitude estranha tenha origem no trauma sofrido quando perdeu sua filha primogênita Adélia ainda na tenra idade – 18 anos.

                            Ireno Machado e sua trajetória


  Ireno Simi de Oliveira ou simplesmente Ireno Machado nasceu em 1935 no 4º Distrito de Jaguari, Rincão dos Alves. Já desde menino mostrava-se talentoso no manuseio de instrumentos musicais como gaita ponto, violão e pandeiro. Nos bailes, animados por seu irmão Antonio Machado de Oliveira, era o pandeirista. Mas tarde aprendeu a tocar violão, por conta própria, sem qualquer instrução de terceiros, porém, depois de aprender melhor recebeu aulas de outros mais experientes. Não demorou em aprender acordeon, do tipo 8 baixos e pianada – teclado. Gaita ponto não lhe agradava muito, por isso não se interessou em usá-la. Por isso deixou para seu irmão João(Joanete). Tentou formar parceria ou dupla com outros colegas músicos, mas não prosperou. Seguiu sua carreira solo. Casou muito jovem com Oracy Feliciani, professora municipal, com quem teve dois filhos: Vladimir(1952) e Edemir(1955). Vladimir, aos 5 anos de idade, com a separação de seus pais, foi morar com sua tia Idalina Simmi de Oliveira, na cidade de Jaguari, onde ficou até os 16/17, quando saiu para morar com seu pai no Rio de Janeiro. Já vivendo da profissão de músico, Ireno fazia apresentações ao vivo, vocal e instrumento, em rádios de Santa Maria, Jaguari, Uruguaiana, São Francisco de Assis, Livramento, Porto Alegre,etc. Tornou-se um exímio acordeonista que, aliado ao seu vestir elegante e charmoso, encantava as mulheres de todas as idades. Muitas delas, mesmo vivendo em famílias de postura exemplar na sociedade, não conseguiam resistir ao charme e encanto do artista da gaita, deixando-se levar pelo impulso de uma aventura imprevisível. Para se livrar do assédio local, foi morar em Porto Alegre, onde, após 2 anos de apresentações, conseguiu gravar um compacto de 8 músicas, todas de sua autoria-voz e instrumental próprio. Aos 40 anos, passou a morar no Rio de Janeiro, onde conheceu Luzia com quem se casou oficialmente, porém o convívio não foi muito longe, não só devido ao seu envolvimento com o mundo artístico, o que despertava ciúmes em sua mulher, mas a presença dos novos integrantes da família. Nessa época, seus dois filhos Vladimir e Edemir já moravam no Rio, com alternância no mesmo teto. Passou então a conviver com outra companheira, porém em tetos separados, constituindo-se num relacionamento não muito amistoso, obrigando-o a se envolver em discussões possessivas. Disto resultou na elevação da sua pressão arterial, culminando com um AVC fulminante, tirando-lhe a vida aos 42 anos de idade em fevereiro de 1972. Era vontade dos filhos a cremação do corpo do pai cujas cinzas seriam depositadas no fole de sua eterna companheira – a velha gaita das inesquecíveis serestas e Shows por onde andava. Por fim, seu sepultamento se deu no Cemitério do Cajú, Rio de Janeiro, onde jaz em descanso eterno, revivendo a saudade de todos que o amavam. E como última homenagem ao músico, foi colocada uma fotografia onde repousa debruçado sobre o acordeon, no túmulo de sua irmã mais velha – Idalina Simmi de Oliveira, no Cemitério do Rincão dos Alves – 4º Distrito de Jaguari-RS. Apesar de talentoso na composição e interpretação de músicas regionalistas gaúchas, em poucos acordes desenvolvia produção de outros ídolos e interpretes de qualquer período. Viveu numa época de elevada concorrência com outros músicos do seu tempo, o que se lamenta não ter vivido um pouco mais para alcançar a explosão dos Festivais da Canção Nativa que invadiu o Rio Grande poucos anos depois. Houve um aprimoramento nas composições musicais, abrindo um mercado abrangente e promissor no mundo da discografia, no qual Ireno teria, com certeza, espaço reservado. Faleceu sem realizar seu sonho - ser um seguidor de Mariosan, Irmãos Bertussi, Gaucho da Fronteira e tantos outros ídolos do seu tempo.




Trajetória do Vladimir
 

  Filho de Ireno Machado e Oracy Feliciani, nascido a 18/07/1950, aos 5 anos passou a morar com sua tia Idalina, devido à separação de seus pais. Estudou até a 4ª série do primário na Escola Guilhermina Javorski em Jaguari,RS, sempre com bom rendimento escolar. Foi estimulado a fazer a prova de Admissão ao Ginasial, sendo aprovado, porém, em paralelo passou a estudar desenho pelo curso do Instituto Universal Brasileiro. Encarou a tarefa com seriedade, respondendo prontamente as questões recebidas pelo correio, de modo que recebia menção honrosa nas avaliações periódicas. Aprendeu a arte de desenhar rapidamente, passando a fazer caricaturas e esboços reais de amigos e vizinhos, demonstrando o gosto pela arte escolhida. Reproduzia revista em quadrinhos com facilidade, demonstrando talento no manejo do lápis e do pincel. Na fase de menino-adolescente, já não obedecia mais à sua tia Idalina que, providenciou na devolução ao seu pai que morava no Rio de Janeiro. “Leva, dizia ela, que o filho é teu”!. Em 1966 Ireno, que morava sozinho no Rio, veio à Porto Alegre buscar o Vladimir que Idalina tinha levado de Jaguari. Nessa época, mantinha bons contratos em rádios do Rio divulgando sua música e animando festas de aniversário e casamento. Porém, com advento da Revolução de 31 de Março de 1964, os programas patrocinados pelo PTB na liderança do Presidente João Goulart e Leonel de Moura Brizola, foram retirados do ar, prejudicando as suas apresentações em veículos de comunicação ao vivo e gravado. Os recursos começaram a escassear, dificultando a escola e a manutenção de Vladimir. Ireno conquistou uma amizade sólida com o Tenente Argemiro Nascimento Lopes, natural de Santiago,RS, pai do Jornalista “Tim Lopes”, assassinado num baile funck no Rio de Janeiro. Tenente Argemiro conseguir internar Vladimir na FUNABEM, não como menor infrator, mas aluno sem recursos em Escolas do CIEP. Estudou no meio de marginais perigosos e ameaçadores; entre eles fizeram um acordo de não molestar o poeta e artista das imagens que a todos brindava com seus bem definido traços reproduzindo fotos e caricaturas dos internos. Não suportando a pressão do ambiente, abandonou a instituição e passou a morar com a mãe Oraci, junto com seu irmão Edemir, que tinha ido morar no Rio para apoiar seus dois filhos tão logo ocorreu morte de seu ex-marido Ireno. Vladimir estava se deixando dominar pelo liberalismo do mundo Hyppie, vivendo de pequenos trabalhos de arte e descuidando da aparência pessoal. Sua mãe oraci conseguiu retomar o controle das ações, quando conseguiu um trabalho na empresa aérea Cruzeiro do Sul como auxiliar de carga e descarga de bagagens. Lá não ficou muito tempo devido à dois motivos: o primeiro, quando controlava a distribuição de bagagem na parte dianteira da aeronave, dividiu mal a carga e o avião tocou o bico no chão, por isso deixou de exercer esta função; o segundo, ao curtir uma praia, dormiu demais em sol forte, esquecendo do tempo; além de levar uma queimada, chegou atrasado ao emprego, resultando num cartão vermelho da empresa. Com esforço da família conseguiu concluir o 2º grau e preparou o vestibular na UFRJ na área das Ciências e Artes Plásticas, opção desenho, gravuras, reproduções visuais e artísticas. Tão logo se formou, passou a integrar o quadro de docentes da própria UFRJ, iniciando como Prof. Auxiliar, seguindo como Adjunto e Titular. Fez Pós-Graduação, mestrado e doutorado na sua disciplina, tornando-se o único a ostentar o título de “Doutor” em toda sua família Machado, Oliveira, Feliciani e Simmi. Tem participado de inúmeras exposições de artes de caráter local, nacional e internacional. Tem feito exposições em São Paulo(Bienal), Rio e em Paris-França. Alguns de seus trabalhos gráficos já fizeram parte de cenários das novelas da Rede Globo de Televisão, conforme entrevista realizada em seus estúdios. Para chegar até essa posição privilegiada, a vida cobrou-lhe um pesado sacrifício, o que permite acrescentar em valor diferenciado a sua triunfal conquista. O primeiro, aos 12 anos de idade, passou a fugir do controle de sua tia Idalina. Estudava em Jaguari, turno da manhã e, logo após o almoço desaparecia das redondezas da residência e se perdia na imensidão do Rio Jaguari, buscando ambiente de diversão na companhia de colegas de aula e amigos. Em razão disso, devolveu o menino-adolescente ao seu pai que morava no Rio. Lá foi ele de mala e cuia. Mais tarde foi para lá também seu irmão Edemir. Com o falecimento do pai, Vladimir e o irmão ficaram sem apoio da família de sangue por um tempo até a chegada da mãe. Havia apenas a companheira de seu pai, Dona Nilde Ferreira que, por algum tempo, acompanhou os enteados na sua adaptação à vida de órfãos parternos. A morte do titular da família gerou uma pensão para a ex-esposa e para os meninos. Nilde Ferreira, um pouco mais velha que Ireno, freqüentava um Centro Espírita e tinha poderes mediúnicos e, acima de tudo acreditava no encaminhamento dos meninos em ambiente seguro. Idealizou uma viagem a Porto Alegre, mais precisamente a Viamão-RS, onde morava dona Oracy, mãe de Vladimir e Edemir, a fim de convencê-la a ceder a parcela que lhe cabia por pensão em favor da educação e sustentação de seus dois filhos que moravam no Rio. Este redator estava presente, juntamente com Idalina e Geni, irmãs de Ireno, momento em que Dona Oracy concordou na doação, Dona Nilde entrou em transe e passou a dar “passe” nas pessoas que estavam ao seu redor, porém antes, pediu-me um copo de água e sem beber, deixou reservado numa mesa. Em cada pessoa que tocava, dizia seus problemas e seu futuro, bem como qual providencia tomar. Passado mais de meia hora, segurou o copo de água, posicionou-se de costa para a porta e jogou a água fora por cima de sua cabeça, momento em que a entidade se desencarnou. Disse Nilde que aquela transformação era uma medida de socorro solicitado por ela ao sair de casa no Rio. Confirmou que ao sair do Rio, pediu apoio aos seus mentores e assistentes espirituais para que a acompanhasse nas suas tratativas. Se tivesse dificuldade em resolver os assuntos programados, eles estariam presentes para ajudá-la. Esta é a explicação daquele “furdunço” que se gerou num sábado á tarde de fevereiro de 1972 na residência de Dona Oracy em Viamão-RS. Em fim, missão sua cumprida e lá foi Nilde levando apoio aos meninos. Vladimir seguiu seu o caminho de sua vocação – as Artes Plásticas, vindo a casar com a carioca Anita Golub e, desse relacionamento vieram Mariana(1998) e Juliana(2000) ; Edemir, abraçou a cultura gaúcha, trabalhando em restaurante de comida sulina, tornando-se, mais tarde, um embaixador da cultura gaúcha no Rio de Janeiro. Casou também com mulher carioca, tendo com ela também duas filhas. Nilde Ferreira, era de origem portuguesa e tinha toda sua família morando em Portugal. Dizia que pretendia viver seus últimos dias na terra mãe. Não se sabe se isto aconteceu. Mas fica a lembrança e o reconhecimento da família Machado, iniciando pela Geni, irmã de Ireno, Vladimir e Edemir, filhos e D. Oraci, e tantos outros parentes, aos relevantes serviços de apoio dado por ocasião do internamento e assistência junto ao enfermo e, posteriormente nos seus funerais. Ela assumiu tudo, tanto em despesas gerais quanto em apoio moral, uma vez que Ireno não dispunha de qualquer plano de saúde. Nilde procurou manter um relacionamento de amizade mesmo após a morte de Ireno, vindo inúmeras vezes visitar D. Geni em Canoas-RS, porém, dois anos depois, o endereço deixado por ela não atendeu mais os contatos indicados. Esteja onde estiver, terá o eterno reconhecimento da família de Ireno! No resumo desta trajetória, pode dizer que Vladimir teve muitas mães. A biológica, D. Oraci; Idalina, a tia; Luzia, a madrasta1; a Nilde, a madrasta2. Este tortuoso caminho que o levou ao um final feliz traz uma mensagem de alento: as dificuldades da travessia de qualquer obstáculo enriquecem o aperfeiçoamento intelectual e cultural do individuo. Tudo isto permite confirmar o slogan de que Deus escreve certo por linhas tortas.




JOÃO ERNESTO KRAETZIG - O EXPEDICIONÁRIO
 

  Quando nossa Pátria se sentiu ultrajada pelos constantes ataques e torpedeamento de navios mercantes pelos nazistas na costa brasileira, o governo de Getulio Vargas reagiu e constituiu a Força Expedicionária Brasileira. Houve um chamamento dos patriotas, militares e civis, e entre eles, voluntariamente se apresentou João Kraetzig morador de Rincão dos Alves, margem direito do Rio Jaguari. Ingressou no Quartel do 4º RC – Regimento de Cavalaria, em Santiago onde iniciou o treinamento para integrar a FEB. Em 1943 embarcou, junto aos demais integrantes da Região, em um trem que os levaria até o Rio de Janeiro e logo para Recife onde tomariam o Navio com destino ao Teatro de Operações na Itália. No Rio de Janeiro, na frente do Palácio do Catete, Getulio Vargas falou à tropa justificando o ingresso do País no conflito – 2ª Guerra Mundial, encorajando os soldados a defenderem com denodo e heroísmo a nossa soberania. Desembarcaram em Nápoles e se apresentaram a 6ª Frota Americana onde receberam fardamento e símbolos que os identificavam na força Aliada :Brasil, Estados Unidos da América e Rússia. Como se sabe, lutavam contra os países do Eixo, formado pela Alemanha, Itália e Japão. Poucos meses depois de treinamento, João foi ao Front combater contra os patrícios alojados em uma montanha. As rajadas de metralhadores nunca cessavam, mas não intimidavam os brasileiros que avançavam confiantes. Na patrulha de João havia dois primos de Getulio Vargas – Arlindo e Orestes Muller Vargas, os quais numa investida contra os alemães conseguiram se apossar de 2 metralhadores: Uma (0.50)(Americana) de 600 tiros/min e outra de fabricação alemã(Thomson) de 1200 tiros/min. Durante o conflito João foi ferido no ombro e foi recolhido à enfermaria, ocasião em que mandou fazer uma fotografia sua e mandou para seus pais em Jaguari com os dizeres:” Remeto este retrato para meus pais, caso eu não volte da guerra, fica como lembrança. Se voltar vivo, quero-a de volta para minhas recordações”. E logo a seguir está uma cópia dessa fotografia, envolta pelo símbolo da República Federativa do Brasil. João esteve à disposição dos Exército Brasileiro cerca de 5 anos e 8 meses. Na linha de Frente esteve 3 meses e 28 dias. Retornou, depois de terminada a guerra, em 30 de agosto de 1946, receoso de não ser bem recebido, pois havia sito taxado de cruel por lutar contra seus patrícios, principalmente por se apresentar voluntário para combatê-los na Itália. Na época da guerra a população de origem alemã e austríaca era discriminada e ameaçada na sua liberdade. Todos eram vigiados com proibição de fazer reunião social ou de família ou outros encontros. Ao Chegar em casa de seus pais, João foi surpreendido com a grande recepção de boas vindas. A festa foi tão grande que se esqueceram de soltar os fogos de artifícios adquiridos para esta ocasião.
       No discurso de Getulio Vargas no Rio de Janeiro prometeu amparar as famílias e os participantes do conflito mundial que retornassem vivos. Todavia, João retornou a casa como reservista sem qualquer remuneração nem plano de saúde. Mais tarde, graças a uma proposição do Deputado Adilson Motta, através da Associação dos Ex-Pracinhas, foi estendida assistência médica do IPE a todos os veteranos da 2ª Grande Guerra, ainda no Governo de Alceu de Deus Collares. Em 1978 foi acometido de trombose em uma das pernas, quando o corpo clinico de Santa Maria emitiu parecer que a solução seria amputar a perna. Não conformado com o diagnóstico, a família buscou recurso no HGPA – Hospital Geral de Porto Alegre quando se submeteu a um tratamento de quase tortura com um peso de 28 kg sobre a pernas – resultado – recuperou a perna e passou a caminhar normalmente. Durante sua enfermidade, julgado incapaz de prover seus meios de subsistência, entrou com um processo de reforma, conseguindo uma reforma(aposentadoria) na condição de oficial de exército, com efeito retroativo desde sua saída das Forças Armadas. Quando tinha saúde para se locomover, João participava das solenidades em homenagem aos heróis da FEB. Veja documento mostrado logo abaixo.






FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA – FEB
 

  Nome dado à força militar brasileira constituída em 09/08/1943, em caráter sigiloso, para lutar na Europa ao lado dos países Aliados, contra os países do Eixo, na 2ª Guerra Mundial. Integrada inicialmente por uma divisão de infantaria, a FEB acabou por abranger todas as tropas brasileiras envolvidas no conflito. Adotou-se como lema:” A cobra está fumando”, em resposta àqueles que consideravam mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil entrar na guerra. Eis o simbolo:

A FEB perdeu a cerca de 460 soldados cuja ossada permaneceu durante anos no cemitério de Pistóia(Itália). Em outubro de 1960, suas cinzas foram transferidas para o Monumento Nacional dos Mortos da 2ª Guerra Mundial, erguido no Rio de Janeiro, no recém-criado aterro do Flamengo.






Eis algumas recordações da época da Guerra: 1941 a 1946


Veja demais fotos da familia de João Kraetzig em: Kraetzig: 1.1


Obs: “Esta publicação consigna uma homenagem ao herói rinconense por ter aceito o desafio de lutar em defesa dos brasileiros na condição de soldado voluntário contra seus patrícios. As atuais e futuras gerações de sua família sentirão orgulho sempre que se lembrarem dos feitos de João Ernesto Kraetzig na 2ª Grande Guerra integrante da FEB”.



Quem chegou lá !
 

O propósito deste título nada tem a ver com a trajetória inédita no país de um nordestino humilde que, viajando “em pau de arara”, quando criança e, ao cabo de alguns anos, chegou ao topo do desejo de qualquer político – a Presidencia da República. Luis Inácio Lula da Silva – o Presidente Lula, chegou lá. Nossa intenção nesta abordagem não é outra senão eleger os rinconenses que conquistaram espaços em diferentes áreas da atividade humana, indo longe, não tão longe quanto o Presidente Lula. Mas chegou, creio eu, onde nunca imaginavam que poderiam chegar, em virtude das circunstâncias do ponto de partida. Chegar lá não quer dizer: ter o mundo a seus pés. Quer dizer, acima de tudo, no espírito desta seleção, sentir-se realizado onde chegou e com opções de migrar para qualquer outra atividade que também fazia seu gênero. Esta escolha é pessoal e vem da família construtora desta obra. Poderia ser qualquer um dos citados a seguir - Vladimir Feliciani Machado, cuja trajetória está narrada no Capítulo XIII – ATOS HERÓICOS E AVENTURAS - Trajetória de Vladimir, o qual trilhou um caminho de alto risco, se superou e se defendeu de inúmeras ameaças para ostentar o título de Doutor na sua especialidade, conquista essa não registrada entre os conterrâneos rinconenses. Poderia ter sido seu pai, Ireno Machado de Oliveira, que graças ao seu talento conquistou o domínio do seu instrumento musical, porém teve vários tropeços sentimentais que lhe roubaram a vida ainda cedo. Também, no gênero musical, Álvaro Oliveira Feliciani, exímio acordeonista, comandou uma banda - Legenda – por muito tempo, vislubrando uma decolagem no mundo do disco, mas o grupo se defez. Seguiu a carreira solo e se redireciou para atuar em microfone de rádio e no ensino do manejo do teclado. Na política partidária, Álvaro exerceu um mandato de vereador na Câmara Municipal de Jaguari por um período de 4 anos. Na conquista do patrimônio territorial poder-se-ia apontar Santo Scalon Picolo que, aos poucos, foi engordando seu patrimônio até se tornar um quase latifundiário. Santo também exerceu um mandato de 4 anos como vereador na cidade de Jaguari,RS. Paulino Piecha, seguindo caminho semelhante constituiu um patrimônio bem superior a outros da localidade. João Gatiboni Machado, embora começando em nível mais elevado, soube conservar e ampliar as áreas recebidas. Muitos outros poderiam ser indicados, mas quer nos parecer que quem foi mais longe nasceu lá pelas bandas de São Xavier. Deve ter nascido pelos idos de 1941/42 e, desde cedo gostava da lida de campo, de uma boa pilcha e de arrastar a asa para as meninas. Se tivesse que contar nos dedos quantas namoradas teve, iria faltar dedo, mesmo contando os dos pés. No ano de 1.960, ainda civil, foi para a Escola de Sargento das Armas (EsSA), na cidade de Três Corações - MG, aonde fez o curso de formação e aperfeiçoamento de Sargento Artilheiro, sagrando-se no 1° lugar da turma e diretamente da EsSA, veio servir na Segunda Bateria do Regimento Mallet em Santa Maria-RS e sem abandonar os costumes gauchescos, paralelamente ao serviço militar, engajou-se nos estudos, cursando o ginásio e o c1ásico noturnos no Colégio Manoel Ribas. Concluído o Segundo Grau, prestou exames vestibulares para os Cursos de Direito e Economia, sendo aprovado em ambos. Em virtude das dificuldades encontradas para freqüentar o Curso de Direito que era diurno, matriculou-se, também, no Curso de Economia que funcionava à noite, formando-se em Economia no ano de 1.971 e em Direito no ano seguinte, 1.972. Ainda como sargento, juntamente com o saudoso Tenente João Teixeira Porto, esposo de Aristilda Rechia, colaboradora desta obra, teve a oportunidade de declamar poesia no programa: "O Grande Rodeio Coringa", apresentado por Darci Fagundes e Luiz Menezes pela Rádio Farroupilha. No ano de 1.973, prestou concurso para o Ministério Público Estadual e, aprovado, exonerou-se do Exército Brasileiro e foi nomeado Promotor Público, hoje Promotor de Justiça, e, na função de Promotor atuou como titular, pela ordem, nas Comarcas de Cacequi, São Pedro do Sul, Santiago, São Gabriel e Santa Maria e, como Promotor substituto em toda Região Centro-Fronteira, aposentando-se no ano de 1.988, como Promotor de 43 Entrância, hoje Entrância Final. Foi Professor do Curso de Direito da Universidade Federal de Santa Maria, lecionando, durante quatorze anos, a disciplina de Processo Penal. Militou no Movimento Tradicionalista Gaúcho, aonde foi Peão, Patrão, Coordenador Regional, Conselheiro e Presidente de Congresso. Em Santa Maria, foi Presidente (Patrão) da Associação Tradicionalista Estância do Minuano e presidiu a 8o Tertúlia Musical Nativista. Em suas andanças e conquistas amorosas foi pealado pela Marilia Gonçales, tendo com ela o João Laureano e o João Vicente que desde tenra idade, juntamente com o pai, passaram a cultuar as lidas campeiras e o civismo, inclusive, desfilando a cavalo, todos os anos, nas datas consagradas à Pátria (sete de setembro) e ao Estado do Rio Grande do Sul (vinte de setembro). Os filhos cresceram, estudaram e hoje o João Laureano é Médico e o João Vicente é Médico Veterinário. Quando da sua aposentadoria preparou a " Estância Patacoada" na localidade de Loreto, entre São Vicente do Sul e São Francisco de Assis onde divide seu tempo de aposentado do MP com o escritório de advocacia em Santa Maria. Veja abaixo quem é o destaque, soltando o verbo no lançamento do Livro: Boca da Picada.

Walter Mendes Mucha, saudando Bressan, na Sociedade São Luiz, Boca da Picada, Jaguari,RS.
Marilia Gonçales Mucha e Neusa de Oliveira Bressan na Estância Patacoada





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